terça-feira, 28 de setembro de 2010

Padrões de Beleza

Na semana passada eu estava conversando com uma amiga sobre padrões de beleza. Ela me contava que quando era mais jovem chegou ao cúmulo de provocar vômito para manter a silhueta esguia, para se encaixar nos padrões ditados pela nossa sociedade, para se encaixar na ditadura da moda e que hoje, aos 40 anos e bem por fora deste padrão ditado ela se sente linda.
Agora eu me pergunto: o que significa "padrão"?
De acordo com o site Glossarium, padrão significa "modelo aprovado de referência estabelecido por diversos grupos e empresas para desenvolvimento de diferentes produtos."
De acordo com a definição citada, a palavra padrão deve se referir a produtos e não a pessoas, sendo assim utilizar esse termo para definir o comportamento ou forma de uma pessoa é um equívoco.
Porém, já que este termo é tão utilizado em nossa sociedade para definir comportamentos humanos, vou utilizá-lo aqui também até para não sair do "padrão" quando tratamos este assunto.
Quando olhamos ao nosso redor, o padrão que encontramos não são mulheres loiras, altas, magras sem estrias, celulites ou aquelas gordurinhas (mal) localizadas, ou qualquer marca de expressão; pelo contrário é raro encontramos mulheres deste tipo. Então por que este é o padrão de beleza exigido socialmente? Por que será que nós mulheres aceitamos e nos exigimos esse padrão de beleza? Por que somente mulheres nos padrões supra-citados são consideradas bonitas?
Vejo diariamente mulheres lindas! Muitas não passam de 1,60m de altura, outras chegam aos quase 100kg de peso, muitas negras, com estrias, celulites, com suas gordurinhas localizadas e o mais importante: carregam marcas daquilo que já viveram.
Muitas dessas mulheres sofrem por não se enquadrarem no "padrão" de beleza estabelecido e nem se dão conta de que elas são o padrão! Olhamos para o lado e encontramos essas lindas mulheres e não aquelas que existem apenas nas capas de revistas.
Acho muito errado se sacrificar para tentar se encaixar em algo que não existe na vida real. Quantas lindas meninas acabaram com suas vidas tentando se encaixar nesse "padrão" irreal? E pra quê?
É lógico que toda mulher tem em alguns momentos aquele estressezinho de querer emagrecer para entrar em um vestido que servia há uns anos atrás ou quando vai transar pela primeira vez com o novo namorado e rola aquela insegurança sobre "o que ele vai achar do meu corpo?", "será que vai se decepcionar?" ou então logo que entra o verão e a gente ainda não se acostumou a desfilar por ai com roupas mais curtas, usar biquini, enfim coisas normais para qualquer mulher e que passam na maior tranquilidade (as vezes nem tanta tranquilidade assim - rs) mas que não tiram a saúde de ninguém e servem para conservarmos um pouco a nossa vaidade e cuidarmos de nós.
Agora, se martirizar por não estar dentro de um padrão imposto pela sociedade que nem se encaixa neste padrão é loucura total!
Por isso, tenho meus momentos de estressezinhos, mas estou muito feliz com o reflexo que vejo quando me olho no espelho. Está certo que quem me conhece deve estar me chamando de hipócrita pois de certa forma até me encaixo um pouco (pouco tá?) nos padrões socialmente exigidos mas não deixo de ter as minhas estrias, celulites, gordurinhas localizadas, marcas de expressão: sou normal como qualquer mulher!
E me considero uma linda mulher...

sábado, 18 de setembro de 2010

Parando pra pensar...

Essa semana está muito cansativa, estou trabalhando nos 2 períodos, voz eu já nem tenho mais...
Além do desgaste físico, estou tendo um desgaste emocional muito grande: trabalho nesta escola somente até o fim deste mês, a partir do dia 01 de outubro trabalharei na escola que será inaugurada no bairro Novo Horizonte.
Desde o final de 2009, quando as salas foram atribuídas eu já sabia que a minha sala seria uma das 3 que sofreriam esta mudança e desde o início do ano eu não via a hora que isso acontecesse.
Apesar das especulações de que a mudança ocorreria em abril ou em agosto ou que nem ocorreria este ano, eu tinha certeza que ela só ocorreria em outubro. Não que eu seja médium, advinha ou tenha bola de cristal, mas estamos em ano eleitoral e é óbvio que a inauguração de uma escola em um dos maiores colégios eleitorais de Jundiaí às vésperas da eleição viria bem a calhar na intenção de conseguir o voto de indecisos ou daqueles que votam em "quem está na moda".
Isso deixa cada vez mais claro o quanto o voto é facilmente vendido. O quanto nossos candidatos agem se aproveitando da chamada ingenuidade e ignorância do povo e por incrível que pareça, eu não os condeno por isso.
Só é manipulado quem se deixa manipular, ninguém é inocente! Até porque na hora de exigir os direitos (programas assistencialistas do governo) essa população considerada ingênua e ignorante é a primeira a reivindicá-los. Será que são tão ingênuos e ignorantes quanto pensamos?
Semana que vem teremos festinha de inauguração, palanque, candidatos discursando sobre as melhorias feitas naquela região, destacando a importância de se manter no governo; e uma população feliz, aplaudindo e com certeza votando nessa situação no domingo seguinte a toda essa comemoração!
Deixando esse cenário a parte, volto ao que tanto me tem desgastado emocionalmente esta semana: a mudança de escola.
A princípio eu era a mais animada com o fato, não via a hora de estar em um lugar novo, com pessoas novas, problemas novos, enfim: mudanças!!! Amo mudanças... Porém, estou sofrendo com essa mudança a esta altura do ano. Quebrar os laços afetivos construídos esse ano exatamente no momento mais crítico que é o 4º bimestre, onde já estamos esgotadas e analisando erros e acertos do ano, onde as crianças já estão habituadas a rotina, já estabeleceram seus laços afetivos é muito difícil; será um re-começo no final. Confuso isso ? Agora imagina pra quem está vivendo tudo isso!
Estou sofrendo pelas colegas, amigas que estou deixando para trás, sei que essa mudança não significa que a amizade irá terminar, mas não compartilhar minha vida com elas diariamente será muito duro, estar em um lugar onde não terei essa relação de cumplicidade com as pessoas tem doído demais, ainda bem que uma das minhas amigas me acompanhará nesta empreitada. Além disso, meus alunos mudarão para esta escola junto comigo exceto uma e isso tem me cortado o coração pois ela terá que se readaptar a uma nova professora e aos novos colegas sozinha. Ela está sofrendo e eu sofro junto. Ainda não sou mãe, não sei como é o sentimento de amor incondicional, de instinto de proteção, etc. Mas me sinto muito responsável pela vida dos meus alunos, pelos sentimentos, pelo bem-estar deles e deixar essa menininha para trás sozinha sem que eu possa fazer alguma coisa para amenizar ou diminuir isso está me machucando, só eu sei o que está sendo essa semana e o que serão esses próximos dias, meses. Se para mim, que sou adulta está sendo difícil, imagina isso tudo na vida de uma criança de 8 anos? Dureza!!!
Sabe, ninguém pensa em ninguém... O que importa são os próprios interesses. Os sentimentos das pessoas que estão realmente envolvidas nisso tudo em momento algum foram levados em conta. Mas a vida é assim, como diz minha atual diretora: "Manda quem pode e obedece quem tem juízo!" E eu, como tenho juízo, obedeço... rs
Não que eu concorde com tudo, mas não vai adiantar brigar sozinha por algo que eu sei que não irá mudar. Sendo assim, vou procurar fazer a minha parte, fazer tudo da melhor maneira possível e dar o melhor de mim. Agir como aquele passarinho, que para apagar o incêndio na floresta levou água em seu biquinho. Assim, poderei deitar a cabeça no meu travesseiro e dormir tranquilamente!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O que realmente as mulheres querem?

Hoje recebi este texto por e-mail. Achei que tem tudo a ver com o que se passa na cabeça de uma mulher e por isso gostaria de compartilhá-lo neste espaço.
O que realmente as mulheres querem?
Há muitos anos atrás, num reino distante, um nobre cavaleiro viúvo, teve o seu filho adolescente condenado à morte por roubar uma maçã.

O Rei em consideração ao nobre amigo, ordenou que só libertaria o filho se este respondesse uma pergunta.

A pergunta era: O que realmente as mulheres querem?

Semelhante pergunta deixaria perplexo até o homem mais sábio, e ao nobre cavaleiro pareceu-lhe impossível respondê-la. Contudo aquilo era melhor do que a morte do seu único filho, de modo que começou a interrogar as pessoas do reino. A princesa, a rainha, as prostitutas, os monges, os sábios, o palhaço da corte, em suma, todos, e ninguém soube dar uma resposta convincente. Porém todos o aconselharam a consultar uma velha bruxa, porque somente ela saberia a resposta. O preço seria alto, já que a velha bruxa era famosa em todo o reino pelo preço exorbitante cobrado pelos seus serviços.

Chegou o último dia do acordado e o nobre cavaleiro não teve outro remédio senão recorrer à feiticeira. Ela aceitou dar-lhe uma resposta satisfatória, com uma condição: Primeiro teria que aceitar o seu preço.
Ela queria casar-se com ele!

O nobre cavaleiro olhou-a horrorizado: era feiíssima, tinha um só dente, emanava um fedor que causava náuseas, fazia ruídos obscenos, nunca tinha visto uma criatura tão repugnante. Mesmo assim afirmou que não era um sacrifício excessivo em troca da vida do seu único filho.

A bruxa, de sabedoria infernal, disse:
- "O que realmente as mulheres querem é: serem soberanas de suas próprias vidas!"

Todos souberam no mesmo instante que a feiticeira havia dito uma grande verdade e que o jovem estava salvo.

O nobre cavaleiro, entretanto, mostrou-se cortês, gentil e respeitoso para com a bruxa quando chegou a noite de núpcias. Já preparado para ir para a cama aguardava a sua esposa...Ela apareceu como a mais linda e charmosa mulher que um homem poderia imaginar!

O nobre cavaleiro ficou estupefacto e perguntou-lhe o que havia acontecido. A jovem respondeu-lhe com um sorriso doce, que como havia sido cortês com ela, apresentaria-se metade do tempo com um aspecto horrível e a outra metade com um aspecto de uma linda donzela. Então ela lhe perguntou-lhe:
- Qual ele preferiria para o dia e qual para a noite?
Que pergunta cruel... O nobre cavaleiro apressou-se a fazer cálculos... Poderia ter uma jovem adorável durante o dia para exibir aos seus amigos e à noite na privacidade de seu quarto uma bruxa espantosa ou, quem sabe, ter de dia uma bruxa e uma jovem linda nos momentos íntimos de sua vida conjugal.

O nobre cavaleiro respondeu que a deixaria escolher por si mesma. Ao ouvir a resposta ela anunciou que seria uma linda jovem de dia e de noite, porque ele a havia respeitado e permitido ser dona de sua vida...

Moral da história: Não importa se a mulher é bonita ou feia... Ela se transformará de acordo com a forma como você a TRATA e a RESPEITA.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nem tudo é como planejamos...

O assunto de hoje seria "Mudanças: o novo em minha vida", mas tive um dia tão complicado hoje, com tantas adversidades que não tinha como deixar isso passar em "brancas nuvens".
Sabe aqueles dias que você levanta com os dois pés esquerdos? Então... foi exatamente isso que aconteceu comigo hoje. E olha que isso nem é sintoma de TPM, ainda não!!!
Aparentemente tudo deu errado hoje. Digo aparentemente porque não sou Deus para saber o que poderia ter acontecido se as coisas não tivessem ocorrido da maneira que ocorreram. Talvez nem aqui eu tivesse... (olha o drama!! rs)
Só sei que não consegui sair de casa no horário certo porque simplesmente a chave sumiu! Tá certo que eu não me dou muito bem com chaves, mas sumirem todas as chaves existentes nesta casa é no mínimo estranho. Só sei que me vi trancada dentro de casa e com o relógio andando a todo vapor. E quando a chave resolve finalmente aparecer, isso no meio da tarde, depois de mobilizar todas as pessoas possíveis e imagináveis para que fizessem o meu resgate e eu pudesse seguir o curso da vida normalmente, ela estava simplesmente... onde deveria estar! E lógico, onde eu a procurei diversas vezes!!!
Realmente existem mais coisas entre o céu e a terra do que nossa existência pode explicar!
Passado o episódio da chave, todo o resto foi um tanto complexo: desde briguinhas homéricas por causa de um vidro de hidratante (quem mora só com mulheres me entende!) até remexer em um assunto que para mim já estava morto e enterrado.
É lógico que o dia também teve suas compensações: chegar na escola e receber 29 abraços ansiosos pela minha chegada e ao final do dia, já cansada (eu diria esgotada) ter alguém pra ouvir toda essa história mesmo que pelo curto tempo de 10 minutos e me tirar um sorriso, já fez tudo isso valer a pena!
O que me restou então, para encerrar o dia, foi abrir os vidros do carro, aumentar o som e ouvir um dos clássicos da nossa MPB sentindo a brisa desta noite quente de inverno!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Un nuovo inizio

Re-começando... mas por que eu digo isso?

Porque estou começando um blog? Óbvio demais... rs
Essa não é minha primeira experiência no mundo blogueiro, já tive um outro blog durante o período de faculdade, acho que ele podia até chamar "Diários de uma Universitária" ou "Diários de uma Mulher de Vinte e Poucos Anos"... enfim, isso hoje não importa, acontece que eu perdi o foco do propósito daquele blog e com o tempo ele também perdeu sua finalidade daí o fim já nem preciso detalhar.
Porém, sinto muita necessidade de escrever, de colocar pra fora o que sinto, o que penso, de compartilhar minha vida e o momento que estou vivendo. Em meio a tudo isso, estava eu indo para a aula de Dança do Ventre e pensando na minha vida, em tudo que vem acontecendo e na falta que me faz um espaço onde eu possa desabafar, então parada no trânsito do semáforo das Avenidas Luiz Latorre e 9 de Julho tive a brilhante ideia de retomar este meio de comunicação.
Fiquei o caminho inteiro pensando no que iria escrever, qual seria o meu primeiro post, como seria a "carinha" deste blog afinal, não sou mais nenhuma adolescente pra ter um blog rosinha, cheio de frufrus como era o meu antigo blog, não me vejo mais assim, eu não sou mais aquela menina (infelizmente... ou felizmente!!!).
Só sei que uma grande ansiedade tomou conta de mim, não via a hora de entrar em casa para colocar em prática esse "Diário".
O mais engraçado é que a primeira coisa que veio em mente foi o nome dele, essa era a única certeza que eu tinha. Queria algo aberto, que me permitisse falar sobre qualquer assunto que permeasse o universo de uma mulher que esteja próxima dos 30 anos: carreira, amor, filhos, lazer, finanças, estudo, moda, sexo, TPM, família... enfim todas as situações que rondam o meu universo.
Espero que gostem e que me ajudem a compor este espaço.
Despeço-me com um grande beijo